Dra Anna Paula Bressan – Ginecologista e obstetra em Toledo – Paraná

Esses métodos são chamados assim, pelo tempo de duração, e também são conhecidos pela sigla em inglês LARC (long acting reversible contraceptives).

São considerados os métodos de maior índice de eficácia contraceptiva atualmente.

mirena e diu de cobre

No Brasil estes métodos são representados pelos dispositivos intrauterinos hormonais (SIU-LNG 19,5 mg e 52 mg), e não hormonais (DIU Cu 380) e pelo implante subdérmico.

Qual profissional procurar para colocação?

O profissional habilitado para orientar, ajudar a paciente decidir e depois colocar o método escolhido, é o ginecologista.

A Dra. Anna Paula Bressan é ginecologista e obstetra, trabalha há muitos anos na área, contando com uma ampla experiência, para poder cuidar melhor da sua saúde.

Dra Anna Paula

A Dra. Anna Paula oferece um cuidado individualizado, orientando e explicando sobre cada método, chegando na melhor opção, mas a decisão sempre é tomada, com a preferência da paciente.

Está sempre se atualizando com o propósito de oferecer um serviço melhor, trazendo as novidades para as pacientes.

O que esperar desses métodos?

A eficácia deles é superior aos contraceptivos de curta duração, que são os anticoncepcionais e os injetáveis, não precisa ser lembrado diariamente, semanal ou mensal; e são poucas as contraindicações desses métodos.

DIU – Dispositivo Intrauterino

O DIU é um método de alta eficácia e longa duração, sendo cada vez mais usado no mundo, devido as vantagens para o organismo da mulher.

É um dispositivo pequeno, inserido dentro do útero, podendo permanecer por muitos anos e ser retirado quando a paciente desejar, tendo a fertilidade de volta em pouco tempo.

  • DIU de cobre: não tem hormônio, age impedindo a fecundação do óvulo e a nidação do ovo, e pode durar até 10 anos.
  • DIU hormonal: com baixas doses hormonais, dificultando assim a ovulação, alterando o muco endocervical e o endométrio (camada interna do útero) impedindo que o espermatozoide possa passar, dura até 5 anos.
aplicador do DIU de cobre
Aplicador do DIU

Como é inserido dentro do útero?

Para a colocação de um DIU, é necessário ter os exames em dia, como um preventivo (Papanicolau) atualizado, ultrassonografia transvaginal e um beta HCG para descartar uma gestação.

O procedimento pode ser feito no consultório ou no centro cirúrgico, com a realização de uma sedação, nos casos de pacientes muito sensíveis a dor.

Por ser um procedimento rápido, que causa uma cólica, mas que geralmente passa em seguida, geralmente as pacientes optam mais para realizar no consultório.

Com a paciente em posição ginecológica, como se fosse fazer um exame preventivo, é realizada a medida do colo uterino, e logo inserido o DIU, geralmente um procedimento de menos de 5 minutos.

Quando precisar realizar a troca do DIU, pode ser feito no mesmo dia, a retirada e colocação de novo um dispositivo.

Como é retirado?

Pode ser realizado de rápida e segura, quando a paciente desejar, ou quando der o prazo de tempo do dispositivo, geralmente realizado no consultório.

Benefícios desses métodos:

  1. Alta eficácia: está entre os métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis no mercado.  
  2. Praticidade: não precisa ser lembrado diariamente pela paciente, trazendo assim um conforto e segurança.
  3. Baixo índice de falhas: a taxa de falha é inferior a 1%
  4. Reversibilidade: a fertilidade é rapidamente restaurada logo após a remoção.
  5. Baixo em efeitos colaterais: por ter baixa dosagem hormonal ( no DIU hormonal), acaba tendo poucos efeitos, tendo uma alta porcentagem de aceitação.

Conhecimentos para melhor aproveitamento do método:

Pode apresentar efeitos colaterais no início, como cólicas e sangramento irregular ou “escapes” menstruais, nas primeiras semanas e até meses, sendo um período de adaptação, que fala na bula do produto.

No DIU de cobre, pode ter aumento do fluxo menstrual, podendo aumentar em dias e quantidade do sangramento.

Existe um risco do DIU sair do lugar correto, por isso é realizado um acompanhamento com ultrassonografia, como orientado em consulta.

 Não protege contra ISTs, então o uso de preservativos, continua sendo recomendado.

Como decidir pelo implante contraceptivo?

São pequenos bastões, colocados abaixo da pele, de aproximadamente 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que vão liberando hormônio gradualmente, impedindo a ovulação, e tem a sua eficácia por 3 anos.

É o método mais eficaz que temos nessa área e de baixa manutenção. Com a facilidade da inserção e remoção, o implante oferece uma solução confiável e conveniente.

Ele age na inibição da ovulação, espessamento do muco cervical (da entrada do útero) e atrofia do endométrio.

  • Procedimento de inserção: é realizado no consultório, com anestesia local, de forma rápida e tranquila, inserido no subcutâneo na face interna do braço.
  • Procedimento de retirada: também e um procedimento simples, com anestesia local, e pode ser realizada quando a paciente desejar.

Benefícios:

  1. Eficácia: com taxa de falha menor que 1%, o implante é uma das formas mais confiáveis de controle de natalidade.
  2. Praticidade: não precisa ser lembrado diariamente, e ele não sai do seu local de inserção.
  3. Reversibilidade: a fertilidade é restaurada logo após a remoção.

Efeitos colaterais:

Algumas pacientes podem ter alterações no sangramento menstrual, sendo a queixa mais comum, aumento de peso, cefaleia.

Contraindicações:

  • Não é indicado para pacientes com câncer de mama ou problemas hepáticos.

Algumas considerações

Ainda são pouco usados, comparando aos métodos de curta duração, devido à falta de acesso, e as crenças e mitos em relação aos eventos adversos e riscos, por parte das usuárias e também dos profissionais da saúde.

O Ginecologista tem um papel importante em falar sobre os métodos, oferecer todas as opções, e ajudar a paciente, com boas orientações, a escolher o melhor para ela.

O implante contraceptivo, único disponível no Brasil, apresenta taxa de falha de 0,05%, com duração de três anos.

O DIU de cobre é bastante eficaz como contraceptivo, com taxa de falha variando entre 0,6% e 0,8% no primeiro ano de uso, e possui ação por até 10 anos.

Estudos recentes confirmam a alta eficácia do SIU-LNG (DIU hormonal), que tem sido associado a taxa de falha inferior a 0,1% por 100 mulheres/ano, com duração de 5 anos.

A duração de cada método está descrita acima, isso seria o tempo máximo, mas não tem um tempo mínimo, a paciente pode retirar quando achar melhor.

Porque falar sobre isso?

Temos um número acentuado de gravidez não desejada e gravidez na adolescência, e podemos melhorar usando métodos cada vez mais efetivos.

Uma gravidez não desejada, traz muitos impactos negativos na vida das pessoas, repercute na saúde materno-fetal, em fatores financeiros e sociais. 

O Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG) recomenda que os profissionais de saúde orientem sobre os LARC em todas as consultas de adolescentes com vida sexual ativa. Os LARC devem ser a primeira linha de opção contraceptiva para elas, devido ao alto risco de gestação não planejada nessa faixa etária.

Implante subdérmico

Em quanto tempo gostaria de engravidar?

Se essa resposta for superior a um ano, já seria uma boa opção os métodos de longa duração.

Hoje em dia temos cada vez mais mulheres que não desejam engravidar, e sendo o desejo dela, temos a obrigação de ajudar para que isso não aconteça.

Algumas informações importantes:

  1. Os LARC (métodos de longa duração) são métodos contraceptivos mais eficazes que os métodos de curta ação, apresentam maior taxa de continuidade e possuem pequeno número de contraindicações.
  2. O sangramento irregular é uma queixa após a colocação, e a principal causa de sua descontinuação. Mas ele costuma ser autolimitado, para algumas dura alguns dias, ou semanas, ou meses, variando em cada organismo, durante o período de adaptação, que pode durar 6 meses a um ano.
  3. Podem ser indicados em nuligestas (mulher que nunca engravidou) e adolescentes, além de poderem ser inseridos no pós-parto ou pós-aborto imediato.
  4. Os métodos intrauterinos não se associam a aumento no risco de DIP (doença inflamatória pélvica), desde que observados os rigores técnicos da inserção. Uma crença que ainda persiste na população, que o Diu pode causar câncer, aqui cabe aos profissionais explicar as pacientes, e se necessário mostrar estudos científicos.
  5. As principais barreiras para o uso dos LARC recaem sobre o acesso e o custo elevado, as adolescentes gostam muito quando conhecem os métodos, mas como sempre dependem da ajuda financeira dos pais, muitas vezes não usam; precisa ser feito um trabalho na população geral, para entender a importância desses métodos.  

Léia também:

  • https://drannapaulabressan.com.br/ginecologia-e-obstetricia/

Fonte:

  • https://www.febrasgo.org.br/

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