O Sangramento Uterino Anormal (SUA), pode ser agudo ou crônico, é definido como um sangramento anormal, proveniente do corpo uterino, seja na sua regularidade, no volume, na frequência ou duração, em mulheres que não estão grávidas.

Na prática clínica diária, esta queixa é frequente, e responsável por grande número das consultas ginecológicas e, felizmente, na maioria das vezes o sangramento não compromete o estado geral das pacientes.
Entretanto, em algumas situações, essa condição pode ser debilitante, a ponto de haver indicação de procedimento cirúrgico como a retirada do útero, chamada de histerectomia.
Em situações de cronicidade, esta perda de sangue excessiva pode afetar a qualidade de vida da paciente, seja pela necessidade de mudança de hábitos (como as trocas frequentes de absorventes, sujar a roupa em público e causar constrangimentos), ou porque pode estar associada a cólicas menstruais e a anemia ferropriva (com falta de ferro).
Como cuidar ?
Sempre com um profissional da área, a Dra. Anna Paula Bressan é ginecologista e obstetra, trabalha há muitos anos na área, contando com uma ampla experiência, para poder cuidar melhor da sua saúde.

Oferecendo um cuidado individualizado, solicitando exames mais assertivos, para cada caso, e assim chegando em um diagnóstico e o melhor tratamento.
Em casos que precisa de cirurgia, a Dra Anna Paula oferece o tratamento indicado, e dependendo da complexidade, realiza o procedimento com auxilio de algum colega de sua confiança, para sempre oferecer mais segurança para a paciente.
Causas de sangramento uterino anormal
Pode ter várias origens, entre as principais causas podemos citar:
- Leiomioma ou miomas
- Pólipo uterino
- Adenomiose
- Endometriose
- Distúrbios da Ovulação
- Sangramento pós menopausa
- Uso de alguns medicamentos (ACO, DIU, anticoagulantes)
- Condições sistêmicas (hipotireoidismo, obesidade)
- Condições malignas (câncer de útero ou colo do útero)
Testes para gravidez (beta-HCG) são indicados sempre que necessário, devendo-se excluir sangramento de causa gestacional.
- Distúrbios da ovulação:
São causas frequentes de sangramento, e depende da fase da vida paciente e uma boa história clínica, já conseguimos direcionar para o melhor diagnóstico, e assim, a melhor abordagem terapêutica.Pólipo uterino:
Pólipos uterinos, ou também chamados de pólipos endometriais, são crescimentos anormais que se desenvolvem no revestimento interno do útero, conhecido como endométrio. Embora muitas vezes benignos, esses pólipos podem causar sintomas desconfortáveis, como aumento do fluxo menstrual e, em alguns casos, atrapalhar na fertilidade.
Na presença de pólipo endometrial causando SUA, a polipectomia histeroscópica é uma opção eficaz e segura para diagnóstico e tratamento, com recuperação rápida e precoce retorno às atividades.
- Mioma uterino ou Leiomioma:
Mioma é um nome assusta muitas mulheres, principalmente quando visto em seus exames de rotina. Miomas são nódulos benignos constituídos de músculo liso, que se formam no útero.
A causa desses tumores é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais, afinal diminuem de tamanho após a menopausa e podem aumentar de volume durante a gravidez. Estima-se que mais de 50% das mulheres em idade fértil tenham miomas, com maior incidência de aparecimento entre 30-40 anos.
Podem ter diversos tamanhos, geralmente aparecem pequenos, e depois vão aumentando ao longo dos anos, quando chegamos na menopausa, como mencionado antes, voltam a reduzir de tamanho.

- Adenomiose uterina:
A adenomiose caracteriza-se pela existência de endométrio na intimidade do miométrio.
A invaginação do endométrio para a musculatura uterina leva a aumento volumétrico uterino e por vezes, sangramento, dor pélvica e infertilidade.
Tem prevalência na literatura em 31% a 61,5% das mulheres e essa variação é explicada pelas diferentes definições histológicas utilizadas. Acomete em geral as mulheres entre 40 e 50 anos, mas pode ser encontrada incidentalmente em pacientes mais jovens.
Como diagnosticar?
Uma boa história clínica, com anamneses e exame físico detalhado, são fundamentais para chegar no melhor diagnóstico. Exames complementares são muito importantes, entre eles:
- Exames laboratoriais
- Ultrassonografia pélvica ou transvaginal.
- Histerossonografia
- Histeroscopia
- Biopsia endometrial

A ultrassonografia da região pélvica, tem uma ótima sensibilidade (96%), a histerossonografia ou histeroscopia, também são muito sensíveis, e na última pode ser realizado biopsia guiada da lesão.
Esses exames são geralmente suficientes para o diagnóstico dos pólipos, miomas e lesões malignas ou pré-malignas. Já a adenomiose tem diagnóstico mais impreciso, com confirmação por estudo anatomopatológico após a histerectomia. No entanto, os critérios diagnósticos tem avançado, tanto por ultrassonografia convencional como por ultrassonografia tridimensional e ressonância magnética.
Tratamento para SUA
O diagnóstico etiológico direciona à terapêutica e está diretamente associado ao sucesso do tratamento. Apenas em situações de sangramento agudo e intenso é aceitável que o tratamento seja instituído, antes da investigação, com o único objetivo de estancar a hemorragia e estabilizar a hemodinâmica da paciente.
Os tratamentos podem ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da causa do sangramento e da idade reprodutiva da paciente.
Tratamento medicamentoso:
- Tratamento hormonal: pode ser usado anticoncepcional oral, DIU hormonal, implantes intradérmicos
- Anti-inflamatórios não hormonais
- Anti-fibrinolíticos.

Tratamento cirúrgico conservador: dependendo do desejo reprodutivo da paciente:
- Polipectomia
- Miomectomia
Tratamento cirúrgico:
- Retirada do útero, com a Histerectomia.
Mudanças no estilo de vida:
- Mudanças alimentares
- Controle de peso
- Atividade física
- Controle de estresse
Converse na consulta, não esqueça de acontecimentos anteriores, leve exames já realizados, para que o médico consiga te ajudar da forma mais rápida e eficaz possível.
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Fonte:
- https://www.febrasgo.org.br